Preços de sistemas residenciais fotovoltaicos apresentam estabilidade para cliente final no primeiro semestre

Por Ricardo Casarin

Os preços das instalações de geração fotovoltaica distribuída apresentaram estabilidade em sistemas residenciais e comerciais de pequeno porte, aponta prévia do estudo da Greener referente ao mercado brasileiro no primeiro semestre de 2020. De acordo com o levantamento, distribuidores e integradores absorveram parte importante do aumento de custos dos equipamentos no período.

“Apesar da forte pressão cambial, na prática houve estabilidade dos preços com absorção de custos na cadeia. Houve ligeira redução nos sistemas de até 8 kWp e estabilidade na faixa de 12 kWp”, apontou o diretor da Greener, Marcio Takata, durante transmissão ao vivo. O levantamento mostra que houve aumento do preço para potências de 30 kWp ou mais.

Em relação aos preços de kits fotovoltaicos praticados em janeiro, houve aumento em todas as categorias. Em média, os preços subiram 9% no último semestre, elevação inferior a valorização do dólar frente ao real no período. “A desvalorização cambial foi de 35% a 40%, com alguns picos de 45%. Houve uma forte assimilação desses custos”, destacou o especialista.

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Dessa maneira, o preço dos serviços de integração apresentou redução no semestre, principalmente nas instalações residenciais de pequeno porte. “Isso traz um indicativo de redução das margens por parte dos integradores para manter os preços constantes para o consumidor final. A redução da demanda provocou essa pressão na cadeia”, assinala Takata. A pesquisa constatou que em instalações com potência acima de 75 kW, os integradores conseguiram estabilizar melhor o valor da parcela

De acordo com a pesquisa, o preço médio dos sistemas residenciais de 4kWp caiu de R$ 4,84 para R$ 4,76 entre janeiro e junho.  Na composição, o preço médio do kit subiu de R$ 2,88 para R$ 3,21 e o preço médio da integração caiu de R% 1,96 para R$ 1,65 no período.

De acordo com a pesquisa, houve entrada de 2,49 GW de módulos fotovoltaicos no primeiro semestre do ano, um aumento de 26% em relação ao mesmo período de 2019. O volume de importação sofreu uma queda no segundo trimestre em relação ao primeiro, de 1614 GW para 877 GW. “

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“Tivemos um incremento de volume, apesar da pandemia de COVID-19. O impacto começar a ser sentido em março e afetou bastante o segundo trimestre. Esse reflexo vai se manter no terceiro trimestre, na medida em que temos um estoque grande nos distribuidores”, explicou Takata.

Uma dinâmica parecida ocorreu com os inversores, com um aumento de 28% do volume em relação ao semestre inicial de 2019, mesmo com uma queda sequencial registrada no segundo trimestre. “Apesar das restrições da pandemia, tivemos um volume importante no primeiro trimestre”, ressaltou o diretor da Greener.

Também foi verificada uma forte mudança no perfil tecnológico dos módulos importados, com os equipamentos PERC representando 54% do total do volume recebido pelo país nos primeiros seis meses do ano. No mesmo período de 2019, essa fatia foi de 27%. “Isso traz mudanças extremamente importantes que afetam o mercado”, completou.

Fonte da Publicação: PortalSolar

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